É bem verdade que nunca falta o que escrever. Não sou excepção. Mas mais do que escrever para alguém ler, a escrita tem em mim um efeito catártico. E é isso que procuro.
8.2.10

Olá gente de bem!

Começo por dizer que o senhor Pedro Abrunhosa mandou um tralho em directo na SIC. Tenho de recorrer ao Youtube para ver isso. E porque é que falo nisto? Porque o senhor tira-me do sério e dá-me algum gozo saber que tal aconteceu, só isso. É a minha veia maligna.

Já que falo da SIC tenho de falar também nos vampirinhos da nova série/telenovela do canal. É muito mau. Mas eu vi. Será isto um "guilty pleasure"? Na minha opinião a história da série da TVI, embora francamente má, é um pouco melhorzinha que esta. Adiante.

O fim de semana passou, como tantos outros. Teve a diferença de já termos escolhido a pedra que vamos usar na casa e de já termos visto os alumínios. É muito chato a câmara municipal exigir todos os detalhes do exterior da moradia e de após aprovação não podermos mudar nada. Quer dizer... depois de escolher vou ter de tapar os olhos para não correr o risco de ver alguma coisa mais interessante. É escusado. Não se pode mudar. Bah...

Claro, continuamos um pouco à nora com a escolha da cor. Parece que não conseguimos acertar na tonalidade desejada. Ou é muito rosa, ou é muito laranja. Enfim... Estivemos quase a ir bater à porta de uma casa na Tocha de catálogo na mão e: "Desculpe, mas será que nos pode dizer qual é a cor da sua casa?" Ainda levávamos um tiro. Mas aquela casa tem "a" cor.

Eu acho que os senhores que vendem tintas deviam ter uma parede grande onde os clientes pudessem testar as tintas de modo a ver como elas ficam na prática, porque uma coisa é ver a tinta num catálogo ou numa lata. Outra coisa é vê-la aplicada e tenho receio que não seja bem o que desejamos. Por mais que o arquitecto no mostre desenhos da casa naquela cor... não é a mesma coisa. Não me sinto convencida. Primeiro julgávamos ser cor de tijolo e parece que não era bem bem aquilo. Depois tentou-se telha, que eu achei demasiado laranja. Chegámos à conclusão que provavelmente é mesmo tijolo. Mas aquilo às vezes parece perto do rosa. Ai...

Se alguém tiver casa na cor de tijolo ou afim, avise, por favor.

 

 

sinto-me: molenga

29.1.10

Andamos a ultimar pormenores para dar entrada com o projecto da casa na Câmara Municipal aqui da cidade, embora ainda tenhamos de aguardar o desenlace do terreno para podermos tratar da escritura. Mas está tudo controlado. Espero.

Desde que embarcámos os dois nesta aventura (sim, porque apercebo-me agora da aventura que é... imagino durante a construção) que passámos por altos e baixos, sobretudo por minha causa, pelo meu pessimismo, medos e insegurança. Nunca tive dúvidas de que era isto que queria e o R. também não. Mas eu sou difícil. Muito.

Primeiro era o horror ao ver os primeiros estudos prévios do arquitecto quando lhe tínhamos dito de antemão que não queríamos arquitectura moderna. Casas com ar de caixa de sapatos... não, obrigada. Não gosto. É a minha opinião. É a nossa casa. Ninguém me pode censurar por isso. Essa fase passou.

Depois veio a fase dos pormenores. Será que fica melhor assim, ficará melhor assado. Se isto ficar aqui aquilo tem de ir para ali. Portas aqui, janelas acolá. Uf... Já está arrumado também.

Estou com esta conversa toda para chegar a mais um problema que se nos afigurou e que é a Lei das Acessibilidades. Concordo em absoluto com ela mas em edifícios e espaços públicos. Numa habitação... já me custa mais a engolir. Podem até apontar-me o dedo e dizer que digo isto porque se calhar não tenho ninguém em casa com problemas de mobilidade e que até estou a ser egocêntrica. Talvez.

Eu sou de opinião que num espaço privado se um dia for necessário, a pessoa, o agregado, seja quem for deve nessa altura tomar providências para acautelar essa situação.

Caramba... a casa é nossa. Somos nós que pagamos tudo. Já não mandamos em nada? O R. é optimista e acha que tudo se arranja mas eu estou a ver um dos wc a ficar uma porcaria em termos de organização por causa desta lei. E é um wc com mais de 8m2. Imaginem se fosse mais pequeno!

O problema prende-se apenas com isto, porque de resto a casa é bastante ampla (talvez até demais) e é térrea. Eu não consigo assimilar isto muito bem. Sei que se legislou com bom intuito mas sinto-me frustrada por não poder fazer as coisas como eu gosto, neste caso não poder organizar um quarto de banho como eu gostaria. É que fazer uma casa de raiz e saber à partida que aquele espaço ali não vai ficar funcional é coisa que me deixa doente.

E pronto, era isto. Desabafei. Agora quem quiser que atire pedras e me chame estúpida (ou pior).

 

 

sinto-me: aborrecida


 
mais sobre mim
Maio 2010
D
S
T
Q
Q
S
S

1

2
3
4
5
6
7
8

9
11
12
14
15

16
17
18
19
20
21
22

23
24
25
26
27
28
29

30
31


arquivos
blogs SAPO