Eis-me de volta.
Tive durante o fim de semana alguns assuntos sobre os quais poderia escrever mas o tempo foi passando e eu acabei por me baldar.
Podia falar de mais um prato com nome impróprio que comi na sexta ou até mesmo do meu primeiro bolo rainha cuja aparência enganou e muito.
Mas não. Hoje apetece-me divagar. Pensarão os meus leitores imaginários: oh não... aí vem ela outra vez com as divagações...
E eu dir-vos-ei: calma. Está tudo bem. Apetece-me tão só dizer umas palavrinhas acerca dessa quimera que é a felicidade.
E agora a pergunta filosófica que se impõe: o que é a felicidade?
Não sei. Quando perguntam a este ou àquele qual o seu desejo "ultimate" muitos respondem que queriam ser felizes. Eu não acredito nisso. Quer dizer... eu acredito que quem o diz o quer ser, quem sou eu para pôr em causa a palavra de alguém. Eu não acredito é na felicidade enquanto estado.
Acredito sim que a felicidade é feita de pequenos passos, situações, estados que vão e vêm e que nos deixam felizes. Ninguém vive num estado de felicidade constante. Nem tal me pareceria saudável. Há sempre algo que nos deixa preocupados, tristes, nervosos, seja lá o que for. Logo a felicidade nesses momentos é posta, ainda que temporariamente de parte.
Um simples gesto, um livro, um filme, até mesmo uma refeição pode dar origem a que nos sintamos felizes. Ainda hoje quando fui almoçar e olhei de lado para a tortilha de marisco que tinha marcado para hoje no refeitório pensei que me ia arrepender. Mas não, fiquei muito feliz quando levei à boca a primeira garfada e esta me soube muito bem. Claro claro... estou a reduzir a felicidade a um pedaço de torilha. Mas o mesmo acontece a outros níveis: ver o sorriso de quem se ama, sentir aquele abraço que nos faz pensar que nada nos pode acontecer, alcançar um sonho, etc..
Enfim... para mim a felicidade é isto. É viver bons momentos que de forma inconstante são interrompidos por momentos menos bons.