É bem verdade que nunca falta o que escrever. Não sou excepção. Mas mais do que escrever para alguém ler, a escrita tem em mim um efeito catártico. E é isso que procuro.
31.3.10

Não digam a ninguém que eu vou dizer isto, mas é que... estou triste porque hoje é o último dia do meu chefe aqui na empresa. Eu sei que o comum dos mortais chamaria os amigos e faria uma festa. Lá está o meu espírito de contradição involuntário.

Isto vai ser estranho. Não ter ninguém perante quem me justificar ou simplesmente tirar uma dúvida. As coisas vão mudar e sei que vão culminar no fim do meu contrato daqui a pouco tempo. E eu vejo isto como o início desse desfecho.

O meu chefe tem lá o seu feitio, que de resto cada um tem o seu, mas é uma pessoa bastante educada e íntegra. Custa-me vê-lo empacotar as coisas para ir embora. Até porque sempre pensei que seria eu a primeira a abandonar o barco.

Sei, isso sim, que ele ainda fará muita falta a este projecto, embora se encontre já na recta final. Parece-me estar a ser tudo feito à pressa e isso daqui em diante só irá gerar confusão e eu perdida no meio dela.

E pronto, hoje não me apraz dizer mais nada. Apenas que vou sentir a falta do ritmo do meu chefe.

Vá, gozem comigo à vontade. Eu hoje deixo.

 

sinto-me: abandonada
link do postPor Gita, às 16:26  comentar

De Lynce a 1 de Abril de 2010 às 18:12
Eu não conheço a empresa em questão, mas já vivi a mesma experiência numa multi-nacional que abandonei há quatro anos atrás. O que se passa, é que esses grupos empresariais justificam os despedimentos com as condições do mercado e com a necessidade de alterar políticas e estratégias para fazer face ao aumento da concorrência. Isso, obviamente, vai ter repercussões em termos de RH.
Independentemente de se ser bom chefe ou não, as coisas têm que mudar e quando estas reestruturações surgem ninguém olha para o passado de determinada. É frequente ouvir dizer que, pessoas para essas empresas, são números. Sem que te apercebas, passas de bestial a besta de um dia para o outro.

Beijinhos e Boa Páscoa!

De Gita a 1 de Abril de 2010 às 21:38
Concordo totalmente. É, infelizmente, esse o cenário em muitas empresas.
No entanto aqui é algo que já se esperava. O meu chefe era gestor de um projecto em particular e estando ele a terminar, é claro que ele deixa de ser necessário, pelo menos aos olhos da Administração. Julgo que ele até vai continuar a trabalhar no grupo mas em Viana do Castelo. Mas pronto, é uma sensação estranha não ter a quem reportar directamente.

Boa Páscoa.

 
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